
Cosmo Maciel da Silva, 57 anos, morador de Diadema, enfrenta dificuldades para retirar o anticoagulante Dobeven nas farmácias de alto custo da região. Mesmo com receita médica, ele relata que passou por diferentes pontos de distribuição, incluindo a Farmácia de Medicamentos Especializados (FME) de Diadema e o Hospital Mário Covas, em Santo André, mas em nenhum deles encontrou o medicamento disponível.
Morador do bairro Campanário, Cosmo afirma que o problema persiste há meses. Para obter o remédio em farmácias comuns, seria necessário desembolsar cerca de R$ 170. “Saí de Diadema e fui até o Mário Covas com esperança, mas foi uma decepção. Nem no hospital tinha”, lamenta.
Para ele, a chamada “farmácia de alto custo” não cumpre o papel esperado. “Os medicamentos oferecidos são apenas os mais comuns, como Dipirona, Dorflex, Voltaren e Doril. Isso não corresponde ao que deveria ser chamado de medicamento de alto custo. Dizem que essas farmácias são destinadas a esse tipo de remédio, mas ele não aparece nem em Diadema nem no Mário Covas. É uma enganação”, critica.
A frustração se soma à dificuldade financeira. “Esse remédio custa R$ 170. Tenho 57 anos, estou desempregado e não consigo comprar. Sem ele, não consigo dar continuidade ao meu tratamento”, desabafa.
Questionada sobre o assunto, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo não respondeu até o fechamento desta edição.

