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Fábricas de Cultura celebram cultura indígena com oficinas e documentários


Atividades acontecem nas Fábricas de Cultura em Diadema e Osasco durante abril (Foto: divulgação)

O Programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciado pela Organização Social Poiesis, traz uma agenda especial para celebrar a pluralidade das culturas indígenas em suas unidades localizadas em Diadema e Osasco. Toda a programação é gratuita.

Na Fábrica de Cultura Diadema (rua Vereador Gustavo Sonnewend Netto, 135, Centro), o público poderá participar da oficina Tradições Ancestrais, no dia 12 de abril, sábado, às 14h. Durante a oficina, os participantes terão a oportunidade de explorar a tradicional arte do arco e flecha, aprender a técnica da zarabatana e participar de uma roda de conversa sobre as histórias, conhecimentos e sabedoria ancestral dos povos originários.

Já no dia 26 de abril, sábado, a Fábrica de Cultura recebe o projeto Coração Alado – Indígenas Pankará e Pataxó Hã Hã Hãe: O Eco Que Ecoa em Nós, que promove uma reflexão sobre a existência e resistência dos povos indígenas do Nordeste brasileiro. Com início às 14h, a programação conta com a exibição do documentário ‘Reconstruindo História: Cacica Jaqueline Haywã’, roda de conversa sobre identidade e resistência, pintura com grafismos, feira de artesanato, oficina artística e a tradicional dança cultural do Toré.

Em Osasco (rua Santa Rita, s/nº, Jardim Rochdale), a Fábrica de Cultura realiza o Festival Ecoando Saberes entre os dias 22 e 25 de abril, de terça a sexta-feira. O festival promove uma imersão cultural, sobre a diversidade das etnias indígenas e a importância da preservação de suas tradições.

O público poderá assistir a palestras, como a de Cosmovisão Guarani, com Jurandir Augusto Martim (Tupã Jekupe Mirī), que discutirá as ancestralidades indígenas no dia 22, às 15h. Já no dia 25, Alaíde Pankararé, liderança indígena, ministrará a palestra Ser Indígena na Cidade: Identidade e Resistência Pankararé, às 14h30, sobre os desafios e as estratégias de resistência dos povos indígenas nas áreas urbanas.

O festival também inclui a exibição do documentário MBORAIHU: O Espírito Que Nos Une, no dia 24, às 14h30. A produção retrata a luta dos povos indígenas Guarani-Kaiowá pelo direito de existir em seus territórios ancestrais, mostra de forma sensível a realidade vivida nas comunidades locais e a degradação ambiental nos territórios retomados.

Além disso, no dia 23, às 10h, haverá a Oficina de Linguagem das Pinturas no Grafismo Guarani, ministrada por Karaí Poty Anthony Veríssimo, onde os participantes aprenderão a expressar a tradição indígena por meio de formas e símbolos ancestrais.

O festival contará ainda com a apresentação do Coral Purahey Marangatu, um grupo de canto tradicional Guarani, no dia 24, às 19h30. Durante o evento, o público será convidado a participar da experiência musical, aprendendo e cantando trechos das cantigas, além de dançar em conjunto. Após a apresentação, haverá um bate-papo sobre a tradição musical e espiritual dos Guarani.

O encerramento do festival será com o show Forest Club, da cantora, compositora, atriz e ativista Kaê Guajajara, no dia 25, às 20h. Natural do Maranhão e criada na Maré, no Rio de Janeiro, Kaê é uma engajadora da Música Popular Originária (MPO), e utiliza suas composições para expandir a visibilidade dos povos originários no contexto atual.

Literatura e resistência

As bibliotecas das Fábricas de Cultura também estarão voltadas para celebrar as culturas indígenas com oficinas, contações de histórias e bate-papos.

Ministrada pelo artista visual Levi Gama, do povo Kokama, a oficina de histórias em quadrinhos a partir de uma contação de histórias destaca as cosmovisões indígenas. O encontro permitirá que o público conheça as histórias dos povos originários e depois aprenda técnicas básicas de narrativa visual e ilustração para criar a própria história em quadrinhos, usando referências da cultura e das cosmovisões indígenas. A atividade acontece dia 11, sexta-feira, às 14h, em Osasco; e no dia 24, quinta-feira, às 10h, em Diadema.

A escritora e ativista Mayra Sigwalt conversa com o público sobre desconstrução de estereótipos ligados à representação indígena na sociedade e a importância de reconhecer a pluralidade das identidades indígenas contemporâneas. O público acompanhará uma conversa dinâmica, a leitura do livro Não Quero Ser Índio (lançado em abril deste ano) e reflexões sobre como a narrativa literária deve ser um espaço de valorização e visibilidade dos povos originários. A atividade acontece dia 16, quarta-feira, às 10h30, em Diadema; e no dia 22, terça-feira, às 14h, em Osasco.






Fonte: Reporter Diário

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