
O Hospital Público de Diadema, que fica no bairro de Piraporinha, sempre foi alvo de críticas por conta de superlotação, macas nos corredores e outros problemas estruturais como elevadores quebrados. Agora o equipamento público, que é referência em pronto atendimento, internações, cirurgias e maternidade está em reforma e essa promete ser a maior intervenção da história deste hospital desde que ele passou para o controle do município nos anos 90. A reforma promete resolver até o problema crônico dos elevadores que estão quase sempre desativados ou funcionando precariamente.
O morador do bairro Campanário, Cosmo Maciel, relata uma situação do final do ano passado, quando esteve internado no hospital com trombose. Ele narra ter aguardado o único dos dois elevadores que funcionava no dia por um longo período. “Eu estava na maca, com trombose não tinha como andar, tive que ficar um bom tempo esperando aí o elevador veio e estava cheio de resíduo hospitalar, então esperamos mais até descarregarem todo aquele material para que a maca pudesse entrar. Era tudo por lá, funcionários, pacientes, visitantes, lixo hospitalar, todos usando o mesmo espaço”, relatou
O prédio foi inaugurado em 1971, pelo antigo grupo de saúde Samcil, depois por causa de dívidas com a União, o prédio passou para o INSS que cedeu o uso para a prefeitura e ali foi instalado o primeiro hospital da cidade. Se depender do que está projetado pela prefeitura para a reforma, esse problema já também histórico do elevador será resolvido. Segundo o secretário adjunto Gustavo Tomaz, os equipamentos sofrerão uma reforma completa. “Os elevadores estão passando por retrofit completo – ou seja, uma modernização integral do conjunto mecânico e elétrico. Isso vai garantir mais segurança e agilidade na movimentação de pacientes, acompanhantes e profissionais dentro da unidade”, garantiu.
Além dos elevadores a área do hospital está sendo ampliada, ocupando uma área na frente do prédio principal onde antes haviam apenas vagas de estacionamento. Com isso o equipamento de saúde vai ganhar espaço para mais leitos. “O Hospital Municipal passa pela maior requalificação de sua história recente. Entre as obras já iniciadas, está a ampliação da Observação III, que passará de quatro para 20 leitos, a ampliação da recepção, a requalificação do setor de Urgência e Emergência”, relata Tomaz.
Segundo o secretário adjunto a obra não vai apenas melhorar as condições de atendimento geral do hospital, mas a sua imagem diante dos usuários. “Estamos realizando um pacote de obras estruturantes com o objetivo de trazer mais conforto e acolhimento aos pacientes e profissionais de saúde, deixando no passado um cenário de pacientes agonizando nos corredores”.
Novo
Sobre o novo hospital, inicialmente previsto para ser construído ao lado do Paço Municipal, que inclusive já teve uma parte demolida no final da gestão do prefeito José de Filippi Júnior (PT), já não se tem certeza de que o futuro equipamento será mesmo feito no local. O prefeito Taka Yamauchi (MDB) já admitiu em entrevista ao RDTv que estuda alterar o projeto e levar o futuro hospital para a avenida Ulisses Guimarães, na Vila Nogueira. O local teria um acesso melhor, segundo o prefeito. Porém a localização exata ainda é estudada.
O andamento o projeto depende de verba federal. O projeto inicial foi orçado em R$ 330 milhões. “Estamos aguardando a liberação dos recursos por parte do Ministério da Saúde para que possamos dar início às ações relacionadas a este equipamento público”, resumiu Tomaz sobre o assunto.

